Botica de Palavras

Saudades dos netos é como fome. Você fica algumas horas sem comer. Chega lá pelas 10 horas da manhã vem aquela ...”vontade de tomar um café com um pãozinho de queijo...” Mas aí você não tem nem o café nem o pão de queijo. “Deixa prá lá, dá pra esperar o almoço!”  A manhã passa atarefada, e quando chega o meio dia você percebe que está com fome. Mas também não tem arroz, nem feijão, nada para você comer aquela hora!  Você deixa prá lá de novo e volta  a se concentrar no seu trabalho. A fome até passa! Até as 5 da tarde. Aí ela aperta de verdade, você sente um buraco no seu estomago e uma tonteira de leve, e procura qualquer coisa para mastigar. Se você não encontra nada, pelo menos chega a noite e é hora de dormir. Durante a noite você sonha com lasanhas e pães de queijo e ouve o ronco do seu estômago. Quando acorda pela manhã você se sente esquisita, não sente fome, mais parece um zumbi, seu corpo não é mais o mesmo e sua mente começa a te enganar. Não sente fome mas sabe que PR

Na tela da minha mente se estendia uma tarde preguiçosa.  A cerveja, mesmo não sendo espumante, fazia bolhinhas na minha cabeça e espantava todo e qualquer pensamento. O barulho das ondas quebrando na areia da praia fazia o som de fundo para uma perfeita meditação a beira mar. Os barquinhos dos pescadores balançavam de um lado para outro conforme a brisa, e àquela altura, só eles e o barulho das ondas importava. Alguns filósofos chamam essa sensação de profunda paz e vazio de   ¨sentimento oceânico ¨.  E era o que eu estava experimentando aquela tarde. Nessa ¨viber¨ eu comecei a caminhar de volta para casa pela beira da praia, deixando as pequenas ondas molharem meus pés e minha companheira dos momentos descontraídos, a sandália havaiana. Quando de repente percebi que aquela companheira tinha se deixado partir por uma ondinha de nada. Para minha surpresa, sua tira se partiu perdendo totalmente a função. Estarrecida, não me restou outra alternativa a não ser anda