"A Biblioteca de Paris"- Resenha- Um livro para os apaixonados por livros.


Pode-se pensar que não há nada mais para se escrever sobre a Segunda Guerra Mundial porque, afinal, foram muitos livros, filmes e documentários ao longo de todos esses anos. Mas é impressionante como esse assunto não se esgota.

“A Biblioteca de Paris” nos leva de volta ao período entre 1939 e 1944, pelas palavras de Odile, bibliotecária na Biblioteca Americana de Paris. Sua história alterna-se com a de Lily, uma menina americana, que vive entre 1983 e 1988, no meio da Guerra Fria entre Estados Unidos e Rússia. 

Mas não se trata só de mais um best-seller sobre o assunto. Janet Skeslien Charles escreve com tanta sensibilidade e fluidez ao expor os perigos enfrentados pelos bibliotecários ao eclodir a Segunda Guerra, que não conseguimos parar de ler. É para se ler em “uma sentada”, mas com atenção e cuidado para não perdermos toda a poesia, o amor pelos livros e o conhecimento em literatura que perpassa todo a história.

Odile, e seus companheiros que trabalham na biblioteca, enfrentam os nazistas e a Gestapo para continuar sua missão de distribuição de livros para os clientes e enviar para os soldados no front. Em torno disso se desenvolve o drama dos personagens. Mas Janet S. Charles transcende a guerra e transforma o livro em um guia para os apaixonados por literatura. Grandes clássicos mundiais dão força e consolam os personagens  e os conduzem através das adversidades e angustia nos tempos de guerra.  Para isso, nomes de diferentes obras e pequenos trechos relacionados à história de Odile e Lily são incluídos, tornando “Biblioteca de Paris” imperdível para quem busca expandir seus horizontes na literatura.

 As vidas de Odile e da menina Lily se cruzam na década de 80, quando ambas vivem em Montana, nos Estados Unidos, local de residência da autora. A paixão pelos livros e segredos inconfessáveis de guerra que sobreviveram ao tempo, vêm à tona unindo as vidas dessas duas mulheres de diferentes gerações e desaguando num final emocionante e cheio de poesia. 

Sugiro que você se sente confortavelmente numa tarde de folga com esse livro, uma xícara de chá e um lápis para fazer marcações porque provavelmente um dos muitos outros livros citados na história, vai ser o seu próximo.

 

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