Prometeu




 

Pobre Prometeu, pelas dores dos homens foste arrebatado

e ignorados todos os perigos, o Fogo celeste roubaste

para presentea-lo às pobres criaturas.  Deuses e titãs enganaste

e das doçuras do Olimpo, para sempre foste exilado.

 

Percorreste distantes mares com a perene Chama

fugindo da cólera divina, dos raios da potestade

tudo por amor aos mortais, tudo pela humanidade.

Entregaste o Fogo a eles e inicia aí o teu drama.


Vede que sofrimentos recebe um deus dos outros deuses!

Agora acorrentado nesse rochedo coberto de sargaços

Abutres insaciáveis arrancam de teu corpo enormes pedaços.

Valeu teu sacrifício para iniciar os homens nos mistérios de Elêusis?

 

Deste aos mortais a fonte da prosperidade, das ciências e das artes

Eles a transformaram em ambição e orgulho, só fumaça.

Liberte-se, Prometeu. Procura outro rochedo e outra raça

Quem sabe noutro tempo, em outras partes.

 


                                                                                                                * Deixe seu comentário na página

 

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