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Mostrando postagens de 2017

All my love

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In a weekend, at the end of my course in the Faculty of Medicine, I run away of my hands on training in a backwater town in Brazil, after two weeks of isolation, anxiety, and homesickness. I arrived in Belo Horizonte longing for my mother's lap, and I ran into her. I bent down and put my head in her lap and cried a little bit while she caressed me saying sweet words of comfort. Both of us were surprised because scenes like that weren't common at all between us, actually were rare in our mother and daughter relationship. I've always missed my mom, and I think she missed me as well since we were always a way far from each other, although living in the same place. When we were children, me and my brothers, she was so kind, loving and careful. But, as we grew up, in adolescence, she and I began to stay away from each other. I was aloof and arrogant most of the times, and she seemed to be intimidated by me. Of course, I didn't realize it at that point. She wanted to be

Todo meu amor

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Em um final de semana, no último ano da Faculdade de Medicina, eu praticamente fugi do estágio rural em Santa Fé de Minas, o fim do mundo no norte de Minas, depois de duas semanas de isolamento, angústia e saudades da minha casa. Cheguei a Belo Horizonte só querendo o colo da minha mãe. Deitei a cabeça no seu colo, chorei um pouco enquanto ela fazia um carinho e me falava coisas reconfortantes. Nós duas estávamos surpresas porque cenas como aquela eram muito raras no nosso relacionamento. Eu sempre sentia falta da minha mãe e acho que ela de mim, porque sempre parecíamos estar léguas de distancia uma da outra. Quando éramos pequenos, eu e meus irmãos, ela era carinhosa e atenta a tudo. Mas depois que crescemos um pouco, na adolescência, eu e ela começamos a nos afastar. Eu geralmente me comportava de uma maneira fria e prepotente.  Ela parecia intimidada comigo, mas é claro que só depois de adulta comecei a perceber isso.  Ela queria chegar mais perto, mas talvez nunca tenha enc

Vida Real- 3ª parte- O caminho sagrado do Yoga

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Principe Arjuna estava parado em sua carruagem levada por quatro cavalos brancos,  no meio do campo de batalha, entre os dois exércitos. De um lado os Pandavas, seus irmãos, e do outro lado outro ramo da sua família, os filhos de Dhritarashtra, seu tio. Ele hesitava ao ver seus primos, tios e avós, e se perguntava como poderia iniciar uma batalha contra eles, e matar os de seu próprio sangue. Krishna é seu amigo e condutor da  carruagem e Arjuna angustiado, lhe pergunta: - “Krishna, que ouves as preces de todos os homens, dize-me como podemos esperar sermos felizes assassinando os filhos de Dhritarashtra.  Maus eles podem ser, mas se os matarmos nosso pecado será maior, derramar o sangue que nos une. Onde está a alegria na matança de parentes?” - “Tuas palavras são sábias, Arjuna, mas tua tristeza não serve de nada. O verdadeiro sábio não lamenta pelos vivos, nem pelos mortos. Nunca houve um tempo em que Eu não existisse, nem tu ou nenhum desses reis. Assim como o morador desse

Real Life- 3ª part- The divine path of Yoga

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  Prince Arjuna was stuck in his chariot grounded by four white horses, in the middle of the battlefield, between the opponent's armies. In one side were your brothers and in the other was another branch of the family, Dhritarashtra, his uncle. Seeing the people of Dhritarashtra's party, he hesitated and asked himself how he could start a war against them and kill ones of your blood. Krishna is your friend and the conductor of the chariot, and Arjuna, anguished, asked him: - " Lord Krishna, who hear the prayers of each man, tell me how we can hope to be glad slaughtering Dhritarashtra's sons. They might be evil, their hearts are overtaken by greed, but if we kill them, our sin would be hideous.  It means to shed the blood that unites us. Where can we find  joy murdering our own kinsmen?" - "While speaking learned words, you are mourning for what is not worthy of grief, O Arjuna," said Krishna.  " Those who are wise lament neither for the li

Meu aniversário fugiu!

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Alguns dizem que existe uma barreira de gerações entre uma avó e seus netos. Se existe, ela é uma barreira feita de beijos, carinho, abraços e muitos presentes. Na verdade, são extremidades da vida com muitas coisas em comum.Assim como os netos, as avós começam a dormir cedo, não podem ver filmes muito violentos ou muito tristes, adoram doces, falam algumas coisas sem pensar, não se importam com o ridículo e algumas até fazem xixi na calça algumas vezes. Como diz Manu, “it’s dripping, vovó!”  Mas nada une mais uma avó a seus netos que risadas, muitas risadas! Eles riem das mesmas coisas. Ou quase...  Certo dia, Manuela e eu estávamos voltando de mais um aniversário de uma das suas amiguinhas. Um lindo sábado de verão no Canadá, céu azul, temperatura perfeita. Duas amigas já tinham feito aniversário neste mês de julho, com festa, brinquedos, bolo e surpresinhas no final. Mais uma das amigas próximas já estava com aniversário preparado para daqui a duas semanas.  Manuela se

My birthday has run away!

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Manuela, my granddaughter who is four years old, and I were heading home after Marina's  birthday party, the second birthday party we've been in one week. It was a pleasant summer Saturday in Canada, blue sky, perfect weather.  The party was full of toys, puppets show, cake and everything else. In two weeks another friend would be throwing a birthday party. Manuela had lots of fun, played with each toy and made that funny and ecstatic face when she saw the chocolate cake. But, at the end of the party, to my surprise, she was a little bit upset and sad. In the way back home she started crying a river and complaining. And kept on and on, for half an hour. All the way home she cried convulsively because her own birthday would take so long to arrive, and, furthermore, it was in the winter! Then, a nonsense and hilarious dialogue began: - " My birthday is running away from me, grandma! It doesn't arrive ever!" crying sobs and tears... -" I look for it, each

Two weeks in paradise

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Some people say there is always a" break" in turmoils life, sometimes when you get some rest, some peaceful moments when everything goes by softly, with no difficulties, no problems. I have been two weeks like these here in Canada and I take this as a gift, and a preparation as well. Preparation for something huge and overwhelming. Well, but let's focus on these weeks. I am here in a small town in Canadian Westside, an island full of maple trees, reindeer's and squirrels, where there are no venenous sneaks, where winters are not harsh at all, where there are no big traffic jams. My daughter lives here with her husband and my granddaughter. In an inspiring moment, two years ago, she decided to come to Canada. She applied for a scholarship, and here we are. They live on the campus of the University. Currently, she is working in another city for some weeks, and I came to help with Manuela, my grandchild. Therefore, while I can spend precious moments with Manuel

Vida Real- 2ª parte- As primeiras descobertas

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Uma das minhas lembranças mais remotas é de certo dia, eu muito pequena, devia ter uns três anos, estava com febre alta que não cedia com medicamentos. Meus pais chamaram o pediatra, um grande amigo da família. Eu me lembro, perfeitamente, do momento em que, quando todos estavam na cabeceira da minha cama conversando sobre mim, eu tive minha primeira experiência mística. Eu vi Nossa Senhora das Graças, luminosa, envolta em uma luz azul, com uma coroa de estrelas, pairando sobre minha cama. Ela me pareceu muito real, se movia no ar, carregada de amor e de proteção, e seus olhos na minha direção me diziam que tudo ir ficar bem. Sim, pode ter sido uma alucinação de uma criança com febre, mas para mim foi muito real e eu fiquei vários dias pensando naquilo sem entender o que havia acontecido e sem coragem de contar para ninguem. Eu cresci numa família católica, frequentei colégio de freiras a partir dos seis anos, morava na frente de uma linda igreja em São João del Rei, onde eu e

A Vida Real 1ªparte- Figueira

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Era uma noite cheia de estrelas aquela da minha chegada a Figueira. Eu saí do carro no caminho de terra e fui até a beira da colina coberta por árvores nativas e mato. Por uma abertura na vegetação, que formava uma moldura natural, me deparei com o céu mais bonito que vi em toda minha vida. Sem a lua, ele estava totalmente salpicado de estrelas de vários tamanhos, que pareciam piscar em harmonia com os sons dos bichos noturnos e vagalumes. A sensação de Algo mais profundo, que transbordava da natureza e de dentro de mim, era quase palpável. Aquela cena e aquela sensação ficaram gravadas para sempre na minha mente, e outras tantas que viriam daquele lugar muito especial, Figueira, ao qual eu devo muito da minha vida e de quem eu sou hoje. Em 1999, Figueira já estava há uma década materializada ali, vizinha a uma cidade no sul de Minas, concebida e liderada por Trigueirinho e um grupo de buscadores e com o apoio do 7º Raio, de Saint Germain, o Raio da Chama Violeta, que promove

Segredos do Caminho de Santiago- 6ª parte - Fim de viagem e o retorno ao Brasil

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Cheguei ao local onde pegaria minha compostela ainda pensando no peregrino alemão e tive a surpresa de encontrar Celinha e Andreia na mesa do escritório, conversando com um funcionário que estava entregando a elas as compostelas.  Naquela hora, abracei as duas com força e elas ficaram felizes em me ver, e eu também. Fizeram mil perguntas: por onde eu passei, como saí do Cebreiro naquele dia de vendaval, como eu estava, etc... Saímos dali as três muito felizes com nossas compostelas: uma concha com o símbolo do Caminho e um documento que nós assinamos, escrito em latim. Aquele era o nosso tesouro, que representava cada passo na trilha.  Passamos aquele dia rodando pelas ruas de Santiago repletas de peregrinos.  No dia seguinte embarcaríamos para o Brasil.                                                                                                                 O voo  À noite do dia seguinte estávamos no aeroporto de Barajas em Madri. Esperávamos o embarque para o Rio n

Segredos do Caminho de Santiago- 5ª parte- A Chegada em Santiago de Compostela

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Catedral de Santiago. Depois de caminhar os últimos dias sem minhas companheiras de viagem, e sempre com dor nos joelhos, chegou finalmente o dia em que eu me aproximava de Santiago de Compostela. Muita emoção nessa aproximação, sentimentos de realização e de gratidão. Todos os esforços, todos os lindos, alegres, difíceis, terríveis e inusitados momentos do Caminho foram ficando para trás. No túmulo de São Tiago Entrei na cidade sozinha e fui direto para a Catedral de Santiago cumprir o último e mais emocionante ritual sagrado: assistir a missa dos peregrinos. Esse é o momento mais esperado de toda peregrinação, onde deixamos nossos cajados, onde entregamos a Deus nossa vida de antes e de depois e onde está o túmulo de São Tiago, um dos apóstolos de Jesus Cristo. A Catedral é linda e magnífica, também pelo clima de devoção, pela quantidade de peregrinos cansados, sujos e muito felizes. As missas se sucedem durante o dia e sempre com a participação em massa dos pere

Segredos do Caminho de Santiago - 4ª parte- Peregrinos

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Com a trupe de italianos. O Caminho é sempre cheio de peregrinos. Mas sentia falta de Andréia e Celinha, e muitas vezes me lembrava dos dias de caminhada com elas. Saída de Roncesvalle Saímos de Roncesvalles, na fronteira com a França aos pés dos Pirineus, em um dia de Setembro, pela manhã bem cedo. Não tinha clareado ainda e a neblina tornava a paisagem mais bonita. Estava muito frio e eu estava na expectativa de começar a jornada para a qual tinha me preparado, ou pelo menos eu achava que tinha.  Passamos a noite em um convento antigo, em grandes camas com lenções de linho branco. Mas o banho foi gelado naquela manhã, não tinha água quente!  Os primeiros quilômetros de caminhada foram difíceis, muitas subidas e descidas, trechos com muitas pedras, já anunciando o que nos esperava no Caminho. Fizemos um planejamento de percorrer pelo menos 24 quilômetros por dia. Todas as paradas já tinham sido programadas. Já no fim do primeiro dia percebi que

Segredos do Caminho de Santiago- 3ª parte- Alerta vermelho: vendaval

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Depois da discussão no dia anterior, não tinha “clima” para que eu caminhasse com minhas companheiras de viagem até Triacastela, o próximo destino a 24 km de distância. Elas estavam chateadas comigo, e eu me sentindo culpada e rejeitada. Decidi acordar mais cedo e sair sozinha. Encontraria com elas no final do dia no albergue em Triacastela.  Assim que levantei fiquei sabendo de um alerta vermelho avisando sobre vendaval naquela região do norte da Espanha, para aquele dia. Esses avisos são comuns em determinadas épocas do ano.  Mas a chuva havia passado e o céu estava claro naquela manhã quando acordei.  Não queria encontrar com minhas amigas, que já deveriam estar levantando. Portanto, tomei o café da manhã rapidamente, peguei minha mochila e saí. Galicia Quando comecei a trilha percebi que o vento estava mais forte que o normal. Na paisagem linda e verde da Galícia, as árvores começaram a balançar tanto que resolvi sair da trilha e ir pela estrada de asfalto. Ali se